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BASSET HOUND

Duplamente apaixonante é o Basset Hound. Se por um lado não há quem possa resistir àquele olhar suplicante de quem está sendo inocentemente condenado aos mais severos castigos, por outro, é impossível conter o risco com as traquinagens que ele apronta, sempre a um passo de tropeçar nas próprias orelhas.

Mostramos aqui a natureza calma deste cão de caça que pode conviver muito bem no meio de outros animais de estimação e ser um grande amigo das crianças.

CAÇADOR E COMPANHEIRO

Paciência é o que não falta a um legítimo Basset Hound. Possuidor de um invejável faro, esses cães já fizeram a glória de muitos caçadores, quando dedicavam horas a fio a seguir trilhas de veados e atacavam sem temer lobos e javalis que tentassem atrapalhar o seu caminho.

De origem provavelmente francesa, onde recebeu o nome de Basset (podengo-cão para a caça de coelhos), teve como seus ancestrais os famosos cães sabujos de Saint Hubert, por volta do século VI.

Levados da França para outros países europeus, o Basset Hound chegou à Inglaterra durante o século XV onde por obra de alguns criadores sofreu sérias modificações ao ser acasalado com os Blood Hounds. Junto com os novos exemplares nascia também a polêmica: deveria o excelente caçador que tanto sucesso fez nos campos franceses e belgas ser trabalhado esteticamente e transformado em apenas um cão de companhia? Por um longo período as discussões prosseguiram até o bom senso prevalecer e estabelecer que se obtivesse um cão que unisse todas as características de um caçador, como também a de um companheiro.

Apesar das divergências iniciais, em momento nenhum a raça foi desmerecida. Ao contrário, continuava agradando a todos indiscriminadamente, tanto que até o maior dramaturgo dos tempos modernos, o inglês Shakespeare (1564 a 1616) se refere ao cão, em "Sonhos de Uma Noite de Verão", com uma das imagens poéticas mais sensíveis que já se dedicou a um animal: "possui orelhas que varrem o orvalho da madrugada".

Como todos os cães de raça nobre, o Basset Hound também não passaria indiferente pelos membros da família real britânica. O rei Eduardo VII, reconhecidamente um fanático por cães, manteve matilhas de Basset Hounds, que agora além de eficientes caçadores se distinguiam por seu profundo e louvável companheirismo.

Em 1800, dois criadores franceses dedicaram-se a aprimorar o Basset Hound, desenvolvendo, assim, linhas de sangue puro.

A linhagem "Lane" apresenta olhos maiores e crânio mais pesado; enquanto que a "Le Coulteux" tinha o nariz mais romano, expressão mais entristecida por causa dos olhos mais escuros e bem profundos, cabeça arredondada e maxilar mais proeminente. Levados para a Inglaterra, o "Le Coulteux" despertou maior interesse que o "Lane", o mesmo acontecendo nos EUA.

A partir de então, a fama desse cão de características singular correria o mundo. Apresentado pela primeira vez em uma exposição canina em Paris, isto por volta de 1863, o Basset Hound ganhou de imediato o carinhoso apelido de Cirano dos Cães, já que o seu nariz é extremamente grande e carnudo, dando-lhe um ar tragicômico, tal qual o famoso personagem da literatura. Em 1875, era a vez das pistas inglesas apreciarem esse cão, levado pelas mãos de Sir Everett Millais, responsável por sua introdução em terras britânicas. Em 1880, a raça consagrou-se definitivamente na Inglaterra, ao surgir em número bem representativo na exposição de Wolverhampton.

Um bom tempo depois, em fins da década de 1960, o Basset Hound chegava ao Brasil, graças ao enorme sucesso que alcançava nos EUA, onde era largamente utilizado não só em seu ofício principal, como também em filmes, desenhos animados, campanhas publicitárias, enfim, no riquíssimo show business americano. Aqui, teve enorme aceitação já que este além de se adaptar perfeitamente com nosso clima, é um cão que vive muito bem em casa, apartamento, fazendas e em todo lugar onde tenha alguém que queira ter ao seu lado um excelente companheiro de todas as horas.

ATRÁS DO AR MELANCÓLICO, UM DIVERTIDO PALHAÇO

Quem vê cara, não vê coração, já dizia o velho provérbio que se aplica muito bem ao Basset Hound.

Atrás daquela expressão melancólica, do olhar de quem é eternamente rejeitado, esconde-se um verdadeiro "palhacinho", alegre e divertido ao extremo. Essas são sem dúvida as características mais marcantes desse cão de orelhas longas e aveludadas que ultrapassam a ponta do nariz, pernas curtas e corpo tipo "salsichão".

Mas, além dessas "marcas registradas", segundo o padrão oficial da raça aprovado pela Confederação do Brasil Kennel Clube, o verdadeiro Basset Hound deve ter a cabeça grande e bem proporcionada. O comprimento da protuberância occipital ao focinho maior que a largura na fronte e o crânio bem abobadado. Todo Basset Hound que se preza ostenta olhos suaves, tristes, levemente fundos e de preferência marrons-escuros. As faces são lisas e livres de rugas nas bochechas.

A pele em toda a cabeça é solta, caindo em dobras bem definidas sobre a testa quando a cabeça é abaixada. O focinho ideal é aquele profundo, pesado e livre de afilamento. Já para o nariz se exige que ele seja de pigmentação escura, preferencialmente preta, com narinas largas e bem abertas. Grandes e sadios deverão ser os dentes e os lábios não podem deixar de possuir uma pigmentação escura e uma forma pendular que caia de um jeito quadrado na frente. Aquela pele abundante sob o pescoço, chamada barbela, tem de ser muito pronunciada. Por sua vez, o pescoço precisa ser poderoso, de bom comprimento e arqueado.

Se o peito não for profundo e cheio com o esterno (osso dianteiro que se articula com as costelas) proeminente e aparecendo claramente à frente das patas, ele foge ao padrão. Os ombros e cotovelos são bem juntos ao corpo. Mais especificamente, os ombros são bem angulares e poderosos, enquanto que o cotovelo não pode ser nada projetado. As patas curtas, potentes, como ossatura pesada possuem almofadas rijas e pesadas, bem arredondadas; como também, dedos nem muito juntos, mas tão pouco separados. O padrão é de pernas curtas, sendo que quando em movimento as dianteiras não pisam abertas e as traseiras, vistas de trás, são paralelas.

Em relação ao corpo, as costelas bem arqueadas apresentam uma estrutura longa, suave e que se estende bem para trás. Por sua vez, a linha de dorso é reta e horizontal. Quanto à cauda, que não deve ser cortada, é inserida em continuação à espinha em ligeira curvatura, sendo portada com jovialidade. Donos de um pêlo duro, liso e curto e de pele solta e elástica, nesses cães aceita-se qualquer cor reconhecida para os Hounds, entre eles a tricolor (castanho, preto e branco) e a bicolor (castanho e branco). Medindo de 28 a 35 cm, os Basset Hounds pertencem ao segundo grupo, que é o de Cães de Caça e Presa. Por isso que não é à-toa que eles caçam e prendem para sempre o coração de qualquer um.

SUA PREGUIÇA É APENAS APARENTE

Não existe um só Basset Hound que não adore ficar horas e horas instalado confortavelmente num cantinho bem aconchegante, com aquela cara "amassada" de quem está no auge de uma irrecusável sonequinha. Porém, basta um simples estalar de dedos para que ele se recomponha e volte imediatamente para suas atividades. Aliás, apesar do jeitão de preguiçoso, o Basset Hound sempre foi um ativo e irrepreensível caçador, função que exige muita vitalidade, perspicácia e inteligência. Contudo, para que não se tenha em casa um verdadeiro dorminhoco e exímio caçador unicamente de comida, é necessário que se eduque o cão para que ele desenvolva todas as suas potencialidades.

É PRECISO SER POLIDO

Um cão tão bonito e charmoso quanto o Basset Hound precisa ser exibido em exposições caninas. Quando o cão completar um pouco mais de cinco meses, procure um bom handler (profissional especializado em ensinar e apresentar cães em exposições) para que este adestre o animal para esta finalidade.

Todavia, se você desejar ter um competente cão de caça, recorra a um adestrador idôneo e especializado nessa modalidade, que se encarregará de começar a treinar o futuro caçador, quando este tiver mais que seis meses de vida e seu invejável faro estiver mais apurado.

Agora, se você pretende que o Basset Hound seja um indomável e feroz cão de guarda, perca as esperanças. No máximo, o que ele pode ser é um eficiente cão de alarme. Isto é, ao notar uma indesejável presença, ele se põe a latir persistentemente até que alguém venha acudi-lo. Infelizmente o que pode acontecer é que esse alguém seja um "convidado" nada querido.

APESAR DA CARA DE DOENTE, A SAÚDE É DE FERRO

Mesmo sendo muito saudável, essa raça de cães não está de todo livre de alguns pontos fracos.

Um deles, sem sombra de dúvidas, são os olhos. Muitas vezes, por questões hereditárias e outras até por descuido dos donos, que não limpam diariamente os olhos dos cães, alguns Basset Hounds contraem sérias conjuntivites e outros são alvos fáceis, não só de cataratas como também de outros problemas mais sérios que podem trazer danos irreparáveis a esse órgão tão importante. Portanto, fique de olho nisso!

Os ouvidos também são outro grande motivo de preocupação. Por serem muito longas, as orelhas não permitem uma circulação de ar regular. Isso torna os Basset Hounds muito suscetíveis a problemas de inflamação no ouvido. A melhor providência nesse caso, é cuidar metodicamente da higiene local e, ao menor sinal de uma martirizante otite, procure um veterinário.

Gordura nunca foi sinal de saúde. Principalmente em cães. A obesidade carrega consigo os mais graves problemas digestivos e de coluna e coração, além de causar a esterilidade em machos e fêmeas, por causa do excesso de peso. Como os Basset Hounds são uns gulosos de mão cheia, cabe a você controlar a alimentação do seu e pô-lo para fazer exercícios (correr é o melhor deles!) para manter uma elegante forma física.

ACASALAMENTO

De todos esses problemas, aquele que mais aflige um Basset Hound é, com certeza, o acasalamento. Por causa de suas patas curtas e corpo comprido, raramente o macho consegue se manter sobre a fêmea, durante o cruzamento e atingir o seu intento sem ajuda (indiscreta!) do homem.

Mas também não é por causa disso que você não deve procurar a cara-metade ideal para o seu cão. Contudo, antes de ir acasalando o seu Basset Hound com qualquer um, lembre-se que os frutos dessa união só poderão ter qualidades inerentes à raça, caso tenham sido gerados por pais que apresentem compatibilidades. Um profundo e sério estudo genético do casal, através do pedigree (certidão de nascimento dos cães), é imprescindível para que não se perpetue anomalias ou taras.

A idade ideal para o "casamento" deverá ser de 24 meses para o macho e de 19 para a fêmea, época em que deverá estar entrando em seu terceiro cio. Caso você não encontre o marido ou esposa exemplar para o seu cão, não se aflija. É melhor que ele fique só do que mal acompanhado.

BIBLIOGRAFIA
Revista Cães & Cia
Cães - Raças do Mundo Inteiro - Rio Gráfica Editora
Todas as Raças do Mundo - Editora Abril
O Cão - 140 Raças - Biografia e Particularidades, Michael Oren, 2ª Edição, São Paulo, L. Oren Editora.


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